
Agência Anhangüera de Notícias 27 de abril de 2010
A antiga sede da Fazenda Jambeiro, construída em 1887 e de propriedade do Município desde 1993, é um dos principais exemplos do descaso para com a memória e a história da cidade, como mostra a reportagem da série Nosso Patrimônio.
A antiga sede da Fazenda Jambeiro foi construída em 1887.
A casa é de propriedade da Administração municipal desde 1993 e, a partir daí, foi sendo cada vez mais dilapidada e, tomada pelo mato, tornou-se um espaço perigoso para os vizinhos da área no Parque Jambeiro.
“Era uma casa linda, imponente, mas foi abandonada e se tornou esse monte de ruínas. Quem desfruta do espaço são os usuários de drogas”, disse José Pedro da Silva, vizinho do local.
A vizinhança reclama e quer que medidas sejam tomadas para que a casa seja preservada e a quadra em que está instalada se torne, de fato, um espaço da comunidade.
Nelson Hossri presidente da ONG "Sou feliz sem drogas" protocolou no dia 03 de maio de 2010 sob número 10/10/15912 ao Exmo. Prefeito Hélio de Oliveira Santos a seguinte proposta para o local:
Ilmo. Sr. Dr. Hélio de Oliveira Santos
Prefeito Municipal de Campinas
Ref. Fazenda Jambeiro
Na qualidade de responsável pela entidade “Sou feliz sem drogas”, pessoa jurídica sediada nesta cidade, venho, através da presente, mui respeitosamente, expor e pleitear a V. Exa. o seguinte:
A imprensa local divulgou amplamente há uma semana que o imóvel de propriedade da Municipalidade de Campinas, conhecida por “Fazenda Jambeiro”, estaria desgastado, comprometido profundamente e de forma irremediável, porque em estado de completo abandono, prédios centenários desmoronados e área não construída sem qualquer cuidado, tomada por matagal espesso.
Considerando as necessidades vividas pela cidade na administração apropriada do gravíssimo problema social envolvendo a marginalidade constituída pelos infelizes usuários de drogas, em universo de amplo espectro, alcançado também as classes menos favorecidas de modo implacável, a instituição que presido, “Sou feliz sem drogas”, entende que a propriedade em questão, geográfica e logisticamente falando, tem condições de promover a utilização da mesma área em projeto destinado a abrigar um complexo múltiplo visando à criação de local apropriado à recuperação dos desgraçados farrapos humanos contaminados pela dependência, vícios e/ou drogas.
É óbvio que o projeto seria viabilizado com as verbas públicas existentes, originadas dos Ministérios compatíveis, propondo-me a conquistar o sucesso do empreendimento com a experiência já obtida por longos anos no trato dos desvios sabidos, responsabilidade agora sumida, desde que sensibilizada a Municipalidade com a idéia-sonho assim exposta.
Atenciosamente.
Nelson Hossri Neto