A primeira autópsia de uma pessoa que morreu depois de fumar maconha sugere que a droga pode matar sem o auxílio de outras drogas.
A maconha leva à morte quando usada com outras substâncias, desencadeando problemas respiratórios e no coração. Até então um relatório de 2011 do Departamento de Saúde do Reino Unido dizia que não havia casos de overdose fatal associada ao uso de maconha.
No começo deste mês um médico legista do Reino Unido relatou que uma mulher de 31 anos de idade morreu de uma overdose de maconha.Benno Hartung, do Hospital Universidade Dusseldorf, na Alemanha, e seus colegas, conduziram autópsia em 15 pessoas cujas mortes estão ligadas ao uso de maconha. Para descartar outros fatores que poderiam ter contribuído com a morte eles realizaram numerosos testes, incluindo autópsia, exame toxicológico, testes genéticos e análises histológicas de todos os órgãos.
Duas mortes podem ser atribuídas à intoxicação por maconha, supõe a equipe. Eram homens que morreram de arritmia cardíaca. Ambos tinham THC suficiente no sangue sugerindo que eles consumiram maconha horas antes da morte. Nenhum tinha história de problemas cardiovasculares ou canalopatias – doenças que aumentam o risco de problemas cardíacos por afetar os canais de íon. “Nós fizemos todos os testes que podíamos”, diz Hartung.
Efeitos a longo prazo
A maconha pode desencadear arritmias.Todavia, diz David Raynes, da Aliança Nacional de Prevenção de Drogas do Reino Unido, “estas mortes são raras e permanecerão raras. Os riscos reais são os efeitos de longo prazo no cérebro jovem”.
A maconha pode desencadear arritmias.Todavia, diz David Raynes, da Aliança Nacional de Prevenção de Drogas do Reino Unido, “estas mortes são raras e permanecerão raras. Os riscos reais são os efeitos de longo prazo no cérebro jovem”.
Vários estudos mostram uma ligação entre o uso da maconha e o aumento do risco de esquizofrenia, de depressão e de uma diminuição do QI.“Embora seja raro, espero outras investigações sobre mortes desencadeadas pelo uso da maconha em outras cidades”, diz Hartung, “particularmente com o aumento do uso da maconha para o alívio da dor”.Jornal: Forensic Science International.
HAROLDO J. RAHM, SJ - Presidente de Honra da Instituição Padre Haroldo e do Amor-Exigente
